Como já falado no outro post "Procura do emprego (a vez DELA) - parte 2", fui atrás ajuda profissional como suporte nesta fase de busca de trabalho. Como parte do programa, participei de um workshop sobre "entrevista de emprego". A idéia basicamente era preparar os participantes para uma entrevista de acordo com a cultura canadense. E quer saber????? Isso abriu minha cabeça e realmente ajudou a me preparar para futuras entrevistas, pois me fez entender melhor os costumes locais e, principalmente, ver a mim mesma nos mínimos detalhes. Querendo ou não, já fazia mais de 10 anos que eu não passava por uma entrevista e nem sabia mais como era isso (rssssss). E assim, enquanto mandava currículos por aí, fui me preparando psicologicamente para uma futura conversa "profissional".
Depois de um tempo distribuindo Rèsumè e preenchendo formulários sem fim, fui finalmente chamada para a minha primeira entrevista em uma loja de brinquedos. Não vou citar nomes, mas é aquela marca de grande porte famosa que toda criança gosta, que tem espalhada por todo os EUA. Ligaram no meu celular e este foi primeiro desafio: agendar o dia. Como todos sabem, para quem está aprendendo algum idioma, ligações telefônicas são um verdadeiro drama. Por causa do meu péssimo inglês, eu só entendi a palavra "interview" (entrevista). Pedi que repetissem o local e a hora e tentei anotar qualquer coisa. Não queria mostrar meu analfabetismo assim logo de cara... Lembro que quando desliguei o telefone não sabia se ria ou chorava. Eu estava feliz porque haviam me ligado, e triste porque não havia entendido muita coisa, nem qual era da empresa que estava me chamando. Mas tudo bem, pelo menos o endereço, data e hora eu havia conseguido anotar. Acabei descobrindo qual seria a empresa através da busca pelo endereço no "santo google". A vaga era para um trabalho temporário para p período de fim de ano, assim como eu havia planejado inicialmente. E chegou o tal dia, um domingo. Eu estava lá no local na hora combinada, arrumada, preparada e com currículo em mãos. Estava super nervosa, o que não ajudou em nada. A entrevista durou 20 minutos e saí de lá super mal, porque pelo tempo de conversa era sinal de que eu não havia ido bem. Mas também não tinha muito o que conversar pelo tipo de trabalho. Passado alguns dias não tive nenhum retorno. Não precisa nem falar a decepção né. Talvez os entrevistadores (no plural mesmo porque foram dois) acharam que eu não seria capaz de empilhar os brinquedos na prateleira ou não pudesse fazer um lindo embrulho de natal. Eu queria me matar!!!! Depois de anos tentando ser boa profissional não fui capaz de convencer uma empresa de brinquedo a me contratar para um trabalho simples e temporário :(
Masssssssss, independentemente desta falta de resposta, não podia desistir, então continuei a saga da entrega de currículos. Até que mais duas empresas me chamaram. O engraçado é que ambas me ligaram no mesmo dia e agendaram as entrevistas também para a mesma data. Devo apenas acrescentar mais um detalhe fundamental nesta história. No caso destas empresas, além do processo on-line que eu participei preenchendo formulários e respondendo bilhões de perguntas, entreguei meu currículo em mãos dos gerentes durante uma feira de emprego. Quando fui a este evento, eu já havia feito toda a burocracia pelo site das respectivas e, quando dei meu Rèsumè aos responsáveis que estavam presentes no dia, cheguei a mencionar isso. Estou comentando este detalhe porque só consegui estas entrevistas por causa disso. Primeiro pelo contato pessoal e, segundo, porque os gerentes puderam pegar o meu perfil e avaliação no sistema deles. O que eu quero dizer é que a combinação "on-line" + "currículo em mãos" resultaram na oportunidade de entrevista. Ok, até aí eram só entrevistas, ainda precisava convencê-los de que eu seria a pessoa certa. E claro, depois da primeira que não deu em nada, eu estava super preocupada!
E lá estava a Priscila mais uma vez "quase pronta" para as entrevistas. Digo "quase" porque desta vez fui super insegura. A primeira do dia foi em uma empresa que vende móveis e acessórios para casa. Desta vez por algum motivo inexplicável fui bem melhor. Duas pessoas me entrevistaram e eu me senti bem mais confortável. Mesmo com a dificuldade do inglês, eu percebia que respondia as coisas certas pelas expressões faciais e anotações que os entrevistadores faziam. Aí conforme a conversa ia rolando, eu ia me sentindo mais segura. No final, o gerente chegou a mencionar que gostou do meu perfil e conseguia pensar em três posições para mim, todas na área de venda como trabalho temporário para o período do final de ano. Como sempre, eu deveria aguardar alguns dias para qualquer retorno. Naturalmente sai bem mais confiante desta empresa e aí fui toda feliz para a segunda.
A outra entrevista foi em uma Cia de Café, daquela marca famosa do logotipo verde que tem em todo canto da América do Norte. A marca é esta mesmo que você está pensando!!! A posição seria como barista, que é aquela pessoa que fica preparando as bebidas. A conversa foi super legal e a gerente mega amigável e paciente com o meu inglês. Ela foi super fofa! Mas além de toda a receptividade, eu estava mais segura. Primeiro porque a entrevista anterior já havia me "aquecido" e depois, porque eu sabia muita coisa desta empresa. Quando me formei em marketing (ainda no Brasil), fiz um estudo de caso em uma das matérias sobre esta marca, então eu sabia muita coisa que deveria responder de acordo com a política da Cia. Isso facilitou o meu preparo e me deixou feliz porque pude usar um pouco do meu conhecimento adquirido no Brasil. No final da conversa, a gerente disse que achava que poderia me considerar para a vaga mas que eu ainda deveria falar com uma outra pessoa na semana seguinte, como parte do processo de seleção. E assim eu fiz, como se não bastasse o sofrimento de uma entrevista, lá fui eu novamente conversar com outra pessoa. Tudo isso para servir café!!!! Desta vez a pessoa não foi tão amigável, pelo contrário, foi bem fria. Isso até me impressionou um pouco porque em teoria este comportamento sai um pouco do perfil da empresa e do comportamento do próprio canadense. Mas não havia opção, tinha que convencê-la também de que eu me encaixava na vaga. No fim, o mesmo papo: "obrigada por ter vindo, por favor, aguarde um retorno nas próximas semanas". Enquanto eu esperava os tais retornos, continuei a mandar currículos. Não aguentava mais!!!
Passada duas semanas das entrevistas, recebi uma ligação da Cia de Café dizendo que ficariam muito felizes em me oferecer uma vaga se eu ainda estivesse "available". Imagina a resposta né?! Sem nenhum tipo de charme aceitei na hora! Disse de cara que estava super contente com a oportunidade e que eu faria um bom trabalho para eles. A tal pessoa falou que eu receberia em alguns dias informações detalhadas sobre a vaga e tudo mais. E dois dias depois recebi mesmo outro telefonema, já da gerente, confirmando meu endereço para mandar instruções pelo correio.
Por coincidência, neste mesmo dia uma pessoa do RH da empresa de móveis me ligou oferecendo uma posição. Acredita nisso????? Uma hora estou no desespero procurando emprego, e de repente estou com duas propostas! Neste caso, eu agradeci a oportunidade mas já acabei dizendo que havia aceitado o trabalho em outra empresa. Por incrível que pareça, no dia seguinte o gerente desta loja de móveis me ligou pessoalmente tentando me convencer a trabalhar para eles. Eu nem acreditava. Realmente ele queria me contratar. Eu expliquei que já havia tomado minha decisão para o momento, e justifiquei que a vaga pela qual eu tinha optado não era para trabalho temporário e que isso havia pesado na minha escolha. Na hora ele disse que eu havia me enganado e que a vaga que estava sendo oferecida não era temporária e pediu para eu repensar na minha decisão e que me ligaria novamente para conversarmos em alguns dias.
Masssssssss, independentemente desta falta de resposta, não podia desistir, então continuei a saga da entrega de currículos. Até que mais duas empresas me chamaram. O engraçado é que ambas me ligaram no mesmo dia e agendaram as entrevistas também para a mesma data. Devo apenas acrescentar mais um detalhe fundamental nesta história. No caso destas empresas, além do processo on-line que eu participei preenchendo formulários e respondendo bilhões de perguntas, entreguei meu currículo em mãos dos gerentes durante uma feira de emprego. Quando fui a este evento, eu já havia feito toda a burocracia pelo site das respectivas e, quando dei meu Rèsumè aos responsáveis que estavam presentes no dia, cheguei a mencionar isso. Estou comentando este detalhe porque só consegui estas entrevistas por causa disso. Primeiro pelo contato pessoal e, segundo, porque os gerentes puderam pegar o meu perfil e avaliação no sistema deles. O que eu quero dizer é que a combinação "on-line" + "currículo em mãos" resultaram na oportunidade de entrevista. Ok, até aí eram só entrevistas, ainda precisava convencê-los de que eu seria a pessoa certa. E claro, depois da primeira que não deu em nada, eu estava super preocupada!
E lá estava a Priscila mais uma vez "quase pronta" para as entrevistas. Digo "quase" porque desta vez fui super insegura. A primeira do dia foi em uma empresa que vende móveis e acessórios para casa. Desta vez por algum motivo inexplicável fui bem melhor. Duas pessoas me entrevistaram e eu me senti bem mais confortável. Mesmo com a dificuldade do inglês, eu percebia que respondia as coisas certas pelas expressões faciais e anotações que os entrevistadores faziam. Aí conforme a conversa ia rolando, eu ia me sentindo mais segura. No final, o gerente chegou a mencionar que gostou do meu perfil e conseguia pensar em três posições para mim, todas na área de venda como trabalho temporário para o período do final de ano. Como sempre, eu deveria aguardar alguns dias para qualquer retorno. Naturalmente sai bem mais confiante desta empresa e aí fui toda feliz para a segunda.
A outra entrevista foi em uma Cia de Café, daquela marca famosa do logotipo verde que tem em todo canto da América do Norte. A marca é esta mesmo que você está pensando!!! A posição seria como barista, que é aquela pessoa que fica preparando as bebidas. A conversa foi super legal e a gerente mega amigável e paciente com o meu inglês. Ela foi super fofa! Mas além de toda a receptividade, eu estava mais segura. Primeiro porque a entrevista anterior já havia me "aquecido" e depois, porque eu sabia muita coisa desta empresa. Quando me formei em marketing (ainda no Brasil), fiz um estudo de caso em uma das matérias sobre esta marca, então eu sabia muita coisa que deveria responder de acordo com a política da Cia. Isso facilitou o meu preparo e me deixou feliz porque pude usar um pouco do meu conhecimento adquirido no Brasil. No final da conversa, a gerente disse que achava que poderia me considerar para a vaga mas que eu ainda deveria falar com uma outra pessoa na semana seguinte, como parte do processo de seleção. E assim eu fiz, como se não bastasse o sofrimento de uma entrevista, lá fui eu novamente conversar com outra pessoa. Tudo isso para servir café!!!! Desta vez a pessoa não foi tão amigável, pelo contrário, foi bem fria. Isso até me impressionou um pouco porque em teoria este comportamento sai um pouco do perfil da empresa e do comportamento do próprio canadense. Mas não havia opção, tinha que convencê-la também de que eu me encaixava na vaga. No fim, o mesmo papo: "obrigada por ter vindo, por favor, aguarde um retorno nas próximas semanas". Enquanto eu esperava os tais retornos, continuei a mandar currículos. Não aguentava mais!!!
Passada duas semanas das entrevistas, recebi uma ligação da Cia de Café dizendo que ficariam muito felizes em me oferecer uma vaga se eu ainda estivesse "available". Imagina a resposta né?! Sem nenhum tipo de charme aceitei na hora! Disse de cara que estava super contente com a oportunidade e que eu faria um bom trabalho para eles. A tal pessoa falou que eu receberia em alguns dias informações detalhadas sobre a vaga e tudo mais. E dois dias depois recebi mesmo outro telefonema, já da gerente, confirmando meu endereço para mandar instruções pelo correio.
Por coincidência, neste mesmo dia uma pessoa do RH da empresa de móveis me ligou oferecendo uma posição. Acredita nisso????? Uma hora estou no desespero procurando emprego, e de repente estou com duas propostas! Neste caso, eu agradeci a oportunidade mas já acabei dizendo que havia aceitado o trabalho em outra empresa. Por incrível que pareça, no dia seguinte o gerente desta loja de móveis me ligou pessoalmente tentando me convencer a trabalhar para eles. Eu nem acreditava. Realmente ele queria me contratar. Eu expliquei que já havia tomado minha decisão para o momento, e justifiquei que a vaga pela qual eu tinha optado não era para trabalho temporário e que isso havia pesado na minha escolha. Na hora ele disse que eu havia me enganado e que a vaga que estava sendo oferecida não era temporária e pediu para eu repensar na minha decisão e que me ligaria novamente para conversarmos em alguns dias.
Aí foi um problema e me vi em um dilema. Conversei bastante com o marido e avaliamos as condições das duas vagas para sabermos o que seria melhor. É claro que de cara eu queria trabalhar na loja de móveis, mas ainda assim paramos para avaliar as duas oportunidades.
Trabalhar fazendo café? Não sabia se isso seria algo bom para mim, fisicamente e psicologicamente falando. Querendo ou não, não é fácil você abrir mão de toda uma experiência profissional adquirida no passado para trabalhar em algo completamente diferente e aparentemente bobo. Não deixava de ser um trabalho simples e eu estava preocupada se isso poderia me desanimar com o passar do tempo. Para adicionar ao caso, a unidade que havia me oferecido a vaga não era perto de casa e eu teria que ir de carro, ou seja, mais custos. Mesmo já tendo aceitado a proposta, eu ainda não havia assinado nada e poderia desistir. Outra coisa que me preocupava é que eu não sabia de seria capaz de exercer o trabalho. Esta história "de não ser capaz" veio a minha cabeça porque a minha conselheira (aquela da empresa que auxilia na procura de emprego) havia me dito anteriormente para não tentar trabalhar para esta específica Cia de Café, porque eu precisaria de um inglês mais avançado para isso. Ela havia explicado que há muitas instruções e que se eu não tivesse um bom inglês não conseguiria acompanhar o ritmo.
No caso da loja de móveis, para mim o único desafio seria o inglês, porque a minha experiência profissional é baseada em arquitetura e vendas, ou seja, eu estaria na minha praia. A loja é super perto de casa e eu poderia ir a pé. O inconveniente é que eu não havia gostado do método de escala de trabalho. Além disso, eu estava super insegura em relação a história da vaga não ser temporária, porque na entrevista eles foram bem claros quanto a isso e explicaram que as contratações que estavam sendo feitas no momento eram para o fim do ano. Lembro-me até deles mencionarem qual seria a data de término do contrato. Fiquei com medo de ir trabalhar lá e depois de passado o prazo inicial, simplesmente me dispensarem dizendo que eu não havia passado na experiência e não me efetivarem. Tudo bem que inicialmente eu estava procurando um trabalho temporário mesmo, mas agora eu tinha a chance de um permanente né?!
Minha cabeça ficou a mil e não sabia o que fazer. Aí fui pedir ajuda para minha professora de inglês. Ela também é imigrante e mora há mais de 10 anos no Canadá. Então achei que ela poderia dar bons conselhos. Ela me sugeriu a cafeteria pois se encaixaria mais nos meus propósitos. Afinal, teria lugar melhor para praticar inglês e aprender "customer service"??? Ela não fez nada além de me lembrar dos meus próprios objetivos, que eram adquirir experiência canadense, conhecer os costumes locais em atendimento ao cliente e praticar inglês. Além disso, a marca da Cia de Café é muito mais forte do que a da loja de móveis. Sendo assim, ela me mostrou qual empresa estaria mais próxima da minha proposta atual. Ela chegou a falar para eu não pensar nos detalhes das vagas, mas para eu pensar no futuro e qual das companhias poderia pesar mais no meu currículo. Cheguei a falar com ela sobre a tal história que a conselheira me falou a respeito do grau de dificuldade do inglês na cafeteria. E sabe o que minha professora respondeu? "Quem tem que decidir se seu inglês é suficiente ou não para o cargo é a empresa, não a conselheira". E ela ainda adicionou: "Qualquer trabalho vai te agregar experiência, não tenha dúvida disso. Mas na minha opinião, não tem trabalho melhor para você treinar inglês e aprender os costumes canadenses do que servindo café. Você só tem que saber se está preocupada com o agora ou com o depois".
No fim, concordei com minha professora e resolvi relembrar meus objetivos. Abri mão dos detalhes das vagas e decidi aceitar a vaga mais difícil: a cafeteria. E quer saber? Fiquei satisfeita com a minha decisão. Em novembro comecei mais um desafio da minha vida. Claro que eu estava apavorada, mas feliz com a oportunidade e com uma sensação de agradecimento por terem me dado a chance.
Trabalhar fazendo café? Não sabia se isso seria algo bom para mim, fisicamente e psicologicamente falando. Querendo ou não, não é fácil você abrir mão de toda uma experiência profissional adquirida no passado para trabalhar em algo completamente diferente e aparentemente bobo. Não deixava de ser um trabalho simples e eu estava preocupada se isso poderia me desanimar com o passar do tempo. Para adicionar ao caso, a unidade que havia me oferecido a vaga não era perto de casa e eu teria que ir de carro, ou seja, mais custos. Mesmo já tendo aceitado a proposta, eu ainda não havia assinado nada e poderia desistir. Outra coisa que me preocupava é que eu não sabia de seria capaz de exercer o trabalho. Esta história "de não ser capaz" veio a minha cabeça porque a minha conselheira (aquela da empresa que auxilia na procura de emprego) havia me dito anteriormente para não tentar trabalhar para esta específica Cia de Café, porque eu precisaria de um inglês mais avançado para isso. Ela havia explicado que há muitas instruções e que se eu não tivesse um bom inglês não conseguiria acompanhar o ritmo.
No caso da loja de móveis, para mim o único desafio seria o inglês, porque a minha experiência profissional é baseada em arquitetura e vendas, ou seja, eu estaria na minha praia. A loja é super perto de casa e eu poderia ir a pé. O inconveniente é que eu não havia gostado do método de escala de trabalho. Além disso, eu estava super insegura em relação a história da vaga não ser temporária, porque na entrevista eles foram bem claros quanto a isso e explicaram que as contratações que estavam sendo feitas no momento eram para o fim do ano. Lembro-me até deles mencionarem qual seria a data de término do contrato. Fiquei com medo de ir trabalhar lá e depois de passado o prazo inicial, simplesmente me dispensarem dizendo que eu não havia passado na experiência e não me efetivarem. Tudo bem que inicialmente eu estava procurando um trabalho temporário mesmo, mas agora eu tinha a chance de um permanente né?!
Minha cabeça ficou a mil e não sabia o que fazer. Aí fui pedir ajuda para minha professora de inglês. Ela também é imigrante e mora há mais de 10 anos no Canadá. Então achei que ela poderia dar bons conselhos. Ela me sugeriu a cafeteria pois se encaixaria mais nos meus propósitos. Afinal, teria lugar melhor para praticar inglês e aprender "customer service"??? Ela não fez nada além de me lembrar dos meus próprios objetivos, que eram adquirir experiência canadense, conhecer os costumes locais em atendimento ao cliente e praticar inglês. Além disso, a marca da Cia de Café é muito mais forte do que a da loja de móveis. Sendo assim, ela me mostrou qual empresa estaria mais próxima da minha proposta atual. Ela chegou a falar para eu não pensar nos detalhes das vagas, mas para eu pensar no futuro e qual das companhias poderia pesar mais no meu currículo. Cheguei a falar com ela sobre a tal história que a conselheira me falou a respeito do grau de dificuldade do inglês na cafeteria. E sabe o que minha professora respondeu? "Quem tem que decidir se seu inglês é suficiente ou não para o cargo é a empresa, não a conselheira". E ela ainda adicionou: "Qualquer trabalho vai te agregar experiência, não tenha dúvida disso. Mas na minha opinião, não tem trabalho melhor para você treinar inglês e aprender os costumes canadenses do que servindo café. Você só tem que saber se está preocupada com o agora ou com o depois".
No fim, concordei com minha professora e resolvi relembrar meus objetivos. Abri mão dos detalhes das vagas e decidi aceitar a vaga mais difícil: a cafeteria. E quer saber? Fiquei satisfeita com a minha decisão. Em novembro comecei mais um desafio da minha vida. Claro que eu estava apavorada, mas feliz com a oportunidade e com uma sensação de agradecimento por terem me dado a chance.
E como está sendo o trabalho agora???? Mais um post para isso né?!
Boa sorte!!!
ResponderExcluirAdorei o post! Sempre acompanho o blog de vocês e adoro!
Beijo
Priscila
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ResponderExcluirNossa Pri, fico muito contente por vc ter conseguido esse emprego! Você e o Maurício estão sendo modelos de vida para mim no Canadá! Se eu conseguir um emprego na minha área, quero poder seguir os passos e conselhos do Maurício, mas se eu tiver que arrumar um emprego em outra área, quero ser como VOCÊ!
ResponderExcluirComo a data da minha ida esta se aproximando (27/04) comecei a me preocupar com o trabalho e esse seu post foi muito inspirador. Sei que terei muitos desafios pela frente e que nem todas as entrevistas serão boas, sei que terei dias de desespero também, mas que no final das contas tudo dará certo, de um jeito ou de outro!
"Sem nenhum tipo de charme...", essa foi boa!!! Ri muito quando li essa parte...
Já estou aguardando o próximo post para saber como anda o emprego!
Um grande beijo!
Adoro seus comentários!
ExcluirE tenho uma coisa para lhe dizer: quando você chegar aqui tudo será mais difícil do que está imaginando ou se preparando, no entanto, isso faz parte do processo de imigração. Já ouvi um bilhão de vezes de especialistas (do governo canadense) que o imigrante precisa de pelo menos dois anos para começar a se adaptar, por isso, tem que ter força e muita paciência para conseguir qualquer coisa. Além disso, eles dizem que o processo feito no país nativo (no nosso caso o Brasil) é só o comecinho de tudo. Por isso, quanto mais você estiver esperando o pior, menos você vai sofrer. Por isso, sugiro não colocar na cabeça no que vai trabalhar. Tente ir no ritmo da dança, sem muita paranóia. O importante é ser feliz!!! É difícil? Certamente. Mas do jeito que você está focada em fazer dar certo, tenho certeza de que conseguirá tudo o que quer. Apenas lembre-se de dar tempo ao tempo :)
E o engraçado é que quando vocês tiverem chegando estarei completando meu primeiro ano aqui, então não estamos em situações tão diferentes! Torço por vocês!!! Um grande abraço.
Muito bom. Estou curiosíssimo para saber como está o trabalho!
ResponderExcluirRômulo
Olá Romulo
ExcluirObrigada pela visita. Continue acompanhando nossa história que logo logo colocaremos mais coisa! Um abraço Priscila