terça-feira, 26 de janeiro de 2016

- Começando 2016



Nossa, Janeiro já está terminando e eu ainda nem dei as caras aqui no blog. São tantas coisas acontecendo juntas na nossa rotina, que tem ficado difícil parar um tempinho para escrever. Ainda bem! Só tenho a agradecer!

É isso aí, 2016 finalmente resolveu começar! Incrível, mas parece que todo mundo estava desesperado pelo fim de 2015. Não vou mentir, em certo ponto eu também estava querendo algo do tipo. Mas admito que esta ansiedade pelo futuro vai muito contra ao novo costume que estou tentando aderir. Tenho me forçado muito a viver o presente sem ficar anciosa pelos próximos dias, meses e anos. O que não tem sido uma tarefa fácil. É muito difícil ser otimista o tempo todo e simplesmente curtir o momento quando as coisas estão mais ou menos né. Aqui do meu lado a vida está assim: às vezes mais e às vezes menos. Tem dias que estou apaixonada pela vida rindo a toa. Mas tem horas que quero passar por cima de todo mundo e sair batendo em qualquer um que esteja à minha volta. Sabe aquela frase “quando a vida lhe der limões, faça uma limonada”? Então, tem dias que eu quero é atacar todos os limões em qualquer um que cruzar o meu caminho (rssss). E não é falta de consistência da minha parte. É porque existem algumas pedras no meu sapato que de vez em quando incomodam mais.

Mas independentemente disso, juro que estou me esforçando para curtir a vida dia a dia. E apesar disso ser algo que eu sempre soube que deveria fazer, foi no ano passado, exatamente há um ano atrás, que eu resolvi que me apegaria mais ao presente. E nem preciso dizer que a minha amada cachorrinha Jesse (também) me ensinou isso. É inevitável não mencionar este fato da nossa vida aqui no blog. A perda dela foi algo que pegou pesado para nós e influenciou no decorrer do ano passado como um todo. E independente da dor insuportável de perdê-la, em 22 de janeiro de 2015, quando ela nos deixou, eu me dei conta de como o "agora" vale mais do que qualquer coisa.

Lembro-me claramente de como foi aquele dia. Recordo-me de observar as pessoas pelas ruas vivendo um dia de rotina. Alguns no carro indo para o trabalho, gente passeando com seus pets pelas calçadas, crianças indo para escola, idosos caminhando sob o sol. Enfim, nada mais do que o simples cotidiano. E eu lá, sofrendo desesperadamente. Lembro-me de que naquele momento, a única coisa que eu queria era viver um dia simples da minha própria rotina. Eu daria tudo para estar passeando com a Jesse em plena manhã de segunda-feira antes de ir para o trabalho. Eu daria tudo para naquele dia ter que ir para a Starbucks (onde eu tinha emprego na ocasião), passar por uma jornada básica de barista, voltar para a casa cansada, e poder ver meu marido e minha cachorrinha me esperando. Naquele dia, tudo o que eu queria era ter que servir café e saber que ela estaria lá em casa aguardando por mim. Naquele dia, eu daria tudo para não estar passando por aquele momento diferente e de dor. Recordo-me de falar sobre isso com o Mau. Como nós não damos valor para o simples da vida, quando na verdade é só o que precisamos. Eu olhava em volta e dizia: “estas pessoas não tem idéia de como são felizes por estarem fazendo nada de diferente hoje”. Quantas segundas-feira eu não reclamei por ter que ir trabalhar? Quantas vezes não reclamei da chuva na hora de passear com a minha Jesse? Quantas vezes não odiei aqueles dias “bobos” de rotina? E no fundo, era tudo o que eu queria. Claro que entre reviver um domingo de Netflix ou uma segunda-feira de trabalho, eu optaria pelo domingão. Mas o ponto disso tudo é que qualquer coisa valeria se eu soubesse que ela estava lá. Enfim, completou-se um ano que ela se foi. Um ano sem a nossa princesinha. A saudade imensurável continua, a dor ainda não se cicatrizou, e certamente nunca irá. Isso tristemente faz parte da vida. Ela não foi a primeira que se foi e infelizmente não será a última. As perdas são inevitáveis. Então vale muito dizer que temos que agradecer o presente enquanto nós estamos aqui com os nossos amados fazendo parte da nossa vida, estejam eles próximos ou distantes.


E por mais que houvesse uma determinada ansiedade para completar 2015, nós também tivemos marcos positivos. Eu mudei de emprego. Conhecemos novos [ótimos] amigos aqui no Canadá. Em dezembro fomos para o Brasil passar o natal e reveillon com a família. E o melhor, meu pai finalmente apresentou 100% de recuperação de um problema de saúde. Nossa, não há palavras que expressem o alívio e gratidão por isso. Este é um assunto que nunca foi exposto aqui porque eu não soube emocionalmente administrar esta situação. Mas o importante é que ele superou!

E assim, começo 2016 abrindo o blog dizendo para tentarmos entender as lições do dia a dia. Nem tudo é perfeito, eu sei. Nem sempre os planos caminham como desejamos. Eu mesma ainda quero muitas mudanças na minha vida e correrei atrás de todos elas. Farei de tudo para que os dias n
ão passem em branco. Continuarei procurar dar valor e agradecer pelos dias de chuva, de sol, de frio e de calor. Pelas jornadas de trabalho e por ter um “common boring job”. Por ter que cumprir as tarefas de casa, as manhãs na academia, as obrigações diárias. NÃO agradecerei as contas que tenho que pagar (rssss), mas reconhecerei que elas significam que tenho um teto para viver. 

Neste ano de 2016, continuarei a dar valor aos novos e velhos bons amigos. Continuarei a batalhar com o meu marido por todos os nossos sonhos. Continuarei a agradecer o amor e a presença do meu pai, da minha mãe e do meu irmão na minha vida, mesmo que fisicamente distantes. 


Em 2016 continuarei a amar infinitamente =)
E claro, com muitas histórias para contar! 

Próximo post terá novidade: aguardem!!!!