Nossa, Janeiro já está terminando e eu ainda nem dei as caras aqui no blog. São tantas coisas acontecendo juntas na nossa rotina, que tem ficado difícil parar um tempinho para escrever. Ainda bem! Só tenho a agradecer!
É isso aí, 2016 finalmente resolveu começar! Incrível, mas parece que todo mundo estava desesperado pelo fim de 2015. Não vou mentir, em certo ponto eu também estava querendo algo do tipo. Mas admito que esta ansiedade pelo futuro vai muito contra ao novo costume que estou tentando aderir. Tenho me forçado muito a viver o presente sem ficar anciosa pelos próximos dias, meses e anos. O que não tem sido uma tarefa fácil. É muito difícil ser otimista o tempo todo e simplesmente curtir o momento quando as coisas estão mais ou menos né. Aqui do meu lado a vida está assim: às vezes mais e às vezes menos. Tem dias que estou apaixonada pela vida rindo a toa. Mas tem horas que quero passar por cima de todo mundo e sair batendo em qualquer um que esteja à minha volta. Sabe aquela frase “quando a vida lhe der limões, faça uma limonada”? Então, tem dias que eu quero é atacar todos os limões em qualquer um que cruzar o meu caminho (rssss). E não é falta de consistência da minha parte. É porque existem algumas pedras no meu sapato que de vez em quando incomodam mais.
Mas independentemente disso, juro que estou me esforçando para curtir a vida dia a dia. E apesar disso ser algo que eu sempre soube que deveria fazer, foi no ano passado, exatamente há um ano atrás, que eu resolvi que me apegaria mais ao presente. E nem preciso dizer que a minha amada cachorrinha Jesse (também) me ensinou isso. É inevitável não mencionar este fato da nossa vida aqui no blog. A perda dela foi algo que pegou pesado para nós e influenciou no decorrer do ano passado como um todo. E independente da dor insuportável de perdê-la, em 22 de janeiro de 2015, quando ela nos deixou, eu me dei conta de como o "agora" vale mais do que qualquer coisa.
Lembro-me claramente de como foi aquele dia. Recordo-me de observar as pessoas pelas ruas vivendo um dia de rotina. Alguns no carro indo para o trabalho, gente passeando com seus pets pelas calçadas, crianças indo para escola, idosos caminhando sob o sol. Enfim, nada mais do que o simples cotidiano. E eu lá, sofrendo desesperadamente. Lembro-me de que naquele momento, a única coisa que eu queria era viver um dia simples da minha própria rotina. Eu daria tudo para estar passeando com a Jesse em plena manhã de segunda-feira antes de ir para o trabalho. Eu daria tudo para naquele dia ter que ir para a Starbucks (onde eu tinha emprego na ocasião), passar por uma jornada básica de barista, voltar para a casa cansada, e poder ver meu marido e minha cachorrinha me esperando. Naquele dia, tudo o que eu queria era ter que servir café e saber que ela estaria lá em casa aguardando por mim. Naquele dia, eu daria tudo para não estar passando por aquele momento diferente e de dor. Recordo-me de falar sobre isso com o Mau. Como nós não damos valor para o simples da vida, quando na verdade é só o que precisamos. Eu olhava em volta e dizia: “estas pessoas não tem idéia de como são felizes por estarem fazendo nada de diferente hoje”. Quantas segundas-feira eu não reclamei por ter que ir trabalhar? Quantas vezes não reclamei da chuva na hora de passear com a minha Jesse? Quantas vezes não odiei aqueles dias “bobos” de rotina? E no fundo, era tudo o que eu queria. Claro que entre reviver um domingo de Netflix ou uma segunda-feira de trabalho, eu optaria pelo domingão. Mas o ponto disso tudo é que qualquer coisa valeria se eu soubesse que ela estava lá. Enfim, completou-se um ano que ela se foi. Um ano sem a nossa princesinha. A saudade imensurável continua, a dor ainda não se cicatrizou, e certamente nunca irá. Isso tristemente faz parte da vida. Ela não foi a primeira que se foi e infelizmente não será a última. As perdas são inevitáveis. Então vale muito dizer que temos que agradecer o presente enquanto nós estamos aqui com os nossos amados fazendo parte da nossa vida, estejam eles próximos ou distantes.
É isso aí, 2016 finalmente resolveu começar! Incrível, mas parece que todo mundo estava desesperado pelo fim de 2015. Não vou mentir, em certo ponto eu também estava querendo algo do tipo. Mas admito que esta ansiedade pelo futuro vai muito contra ao novo costume que estou tentando aderir. Tenho me forçado muito a viver o presente sem ficar anciosa pelos próximos dias, meses e anos. O que não tem sido uma tarefa fácil. É muito difícil ser otimista o tempo todo e simplesmente curtir o momento quando as coisas estão mais ou menos né. Aqui do meu lado a vida está assim: às vezes mais e às vezes menos. Tem dias que estou apaixonada pela vida rindo a toa. Mas tem horas que quero passar por cima de todo mundo e sair batendo em qualquer um que esteja à minha volta. Sabe aquela frase “quando a vida lhe der limões, faça uma limonada”? Então, tem dias que eu quero é atacar todos os limões em qualquer um que cruzar o meu caminho (rssss). E não é falta de consistência da minha parte. É porque existem algumas pedras no meu sapato que de vez em quando incomodam mais.
Mas independentemente disso, juro que estou me esforçando para curtir a vida dia a dia. E apesar disso ser algo que eu sempre soube que deveria fazer, foi no ano passado, exatamente há um ano atrás, que eu resolvi que me apegaria mais ao presente. E nem preciso dizer que a minha amada cachorrinha Jesse (também) me ensinou isso. É inevitável não mencionar este fato da nossa vida aqui no blog. A perda dela foi algo que pegou pesado para nós e influenciou no decorrer do ano passado como um todo. E independente da dor insuportável de perdê-la, em 22 de janeiro de 2015, quando ela nos deixou, eu me dei conta de como o "agora" vale mais do que qualquer coisa.
Lembro-me claramente de como foi aquele dia. Recordo-me de observar as pessoas pelas ruas vivendo um dia de rotina. Alguns no carro indo para o trabalho, gente passeando com seus pets pelas calçadas, crianças indo para escola, idosos caminhando sob o sol. Enfim, nada mais do que o simples cotidiano. E eu lá, sofrendo desesperadamente. Lembro-me de que naquele momento, a única coisa que eu queria era viver um dia simples da minha própria rotina. Eu daria tudo para estar passeando com a Jesse em plena manhã de segunda-feira antes de ir para o trabalho. Eu daria tudo para naquele dia ter que ir para a Starbucks (onde eu tinha emprego na ocasião), passar por uma jornada básica de barista, voltar para a casa cansada, e poder ver meu marido e minha cachorrinha me esperando. Naquele dia, tudo o que eu queria era ter que servir café e saber que ela estaria lá em casa aguardando por mim. Naquele dia, eu daria tudo para não estar passando por aquele momento diferente e de dor. Recordo-me de falar sobre isso com o Mau. Como nós não damos valor para o simples da vida, quando na verdade é só o que precisamos. Eu olhava em volta e dizia: “estas pessoas não tem idéia de como são felizes por estarem fazendo nada de diferente hoje”. Quantas segundas-feira eu não reclamei por ter que ir trabalhar? Quantas vezes não reclamei da chuva na hora de passear com a minha Jesse? Quantas vezes não odiei aqueles dias “bobos” de rotina? E no fundo, era tudo o que eu queria. Claro que entre reviver um domingo de Netflix ou uma segunda-feira de trabalho, eu optaria pelo domingão. Mas o ponto disso tudo é que qualquer coisa valeria se eu soubesse que ela estava lá. Enfim, completou-se um ano que ela se foi. Um ano sem a nossa princesinha. A saudade imensurável continua, a dor ainda não se cicatrizou, e certamente nunca irá. Isso tristemente faz parte da vida. Ela não foi a primeira que se foi e infelizmente não será a última. As perdas são inevitáveis. Então vale muito dizer que temos que agradecer o presente enquanto nós estamos aqui com os nossos amados fazendo parte da nossa vida, estejam eles próximos ou distantes.
E por mais que houvesse uma determinada ansiedade para completar 2015, nós também tivemos marcos positivos. Eu mudei de emprego. Conhecemos novos [ótimos] amigos aqui no Canadá. Em dezembro fomos para o Brasil passar o natal e reveillon com a família. E o melhor, meu pai finalmente apresentou 100% de recuperação de um problema de saúde. Nossa, não há palavras que expressem o alívio e gratidão por isso. Este é um assunto que nunca foi exposto aqui porque eu não soube emocionalmente administrar esta situação. Mas o importante é que ele superou!
E assim, começo 2016 abrindo o blog dizendo para tentarmos entender as lições do dia a dia. Nem tudo é perfeito, eu sei. Nem sempre os planos caminham como desejamos. Eu mesma ainda quero muitas mudanças na minha vida e correrei atrás de todos elas. Farei de tudo para que os dias não passem em branco. Continuarei procurar dar valor e agradecer pelos dias de chuva, de sol, de frio e de calor. Pelas jornadas de trabalho e por ter um “common boring job”. Por ter que cumprir as tarefas de casa, as manhãs na academia, as obrigações diárias. NÃO agradecerei as contas que tenho que pagar (rssss), mas reconhecerei que elas significam que tenho um teto para viver.
Neste ano de 2016, continuarei a dar valor aos novos e velhos bons amigos. Continuarei a batalhar com o meu marido por todos os nossos sonhos. Continuarei a agradecer o amor e a presença do meu pai, da minha mãe e do meu irmão na minha vida, mesmo que fisicamente distantes.
Em 2016 continuarei a amar infinitamente =)
E claro, com muitas histórias para contar!
Próximo post terá novidade: aguardem!!!!
Pri,
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de agradecer por compartilhar todas as experiências vividas no Canadá. Estou devorando seu blog e adorando mais a cada leitura.
Também sou arquiteta e meu marido engenheiro e estamos nos preparando para imigrar em março do ano que vem.
Um excelente ano para todos nós e espero poder te encontrar por aí no ano que vem!
Muito obrigada
ExcluirBom ano para você também
Um abraço
Priscila
Que bom voltar aqui e ler um post novo. Pensei que o último tinha sido uma despedida. Achei o blog no final do ano passado e li inteirinho. Adorei, me ajudou muito nesse meu momento de planejar. Espero desembarcar por aí no final do ano! Também vou chegar com o meu grande amor (o marido vai, mas nesse caso estou falando do meu peludinho, rs). Já vivi a perda de uma cachorrinha e sei como é sofrido. Mas com o passar do tempo a saudade dá lugar a uma gratidão de poder ter passado aqueles anos ao lado deles.
ResponderExcluirOlá Aline
ExcluirFaço das suas palavras, as minhas: "om o passar do tempo a saudade dá lugar a uma gratidão de poder ter passado aqueles anos ao lado deles"
Obrigada pelo carinho.
Boa sorte no seu processo!
Um abraço
Priscila
Voce e muito especial.Sua mensagem nos anima a continuar na luta, mesmo ardua, mas de uma maneira diferente.
ResponderExcluirEstou em Calgary ha 3 meses, procurando um lugar ao sol, o que nao esta facil ....mas tenho muita esperança que minha hora chegara.Chorei com a lembrança da princesinha...chamo a minha e princesinha tambem...
Abraçao
ANDRADE
Olá Andrade,
ExcluirDesculpa pela demora em responder :(
Sei bem que é difícil. O processo de adaptação é demorado e eu mesma ainda estou nesta fase de dificuldade. Mas aos poucos as coisas vão se ajeitando e aparentemente o desespero começa a dar lugar para uma rotina. Aguenta firme que no fim ttudo dá certo.
Um grande abraço
Priscila
Olá!
ResponderExcluirAdorei esse post... é isso mesmo! Continuar caminhando, apesar dos pesares, agradecendo sempre.
Estamos nos programando para ir em julho para aí. Ele começará o College e eu trabalho. Tanta insegurança para conseguir o primeiro trabalho, mas como vc disse correr atrás!
bj
É isso aí Joice.
ExcluirRespira fundo e vá em frente. não é fácil. Mas é possível, basta um pouco de paciência :)
Um abraço
Priscila
Oi, Priscila. Tudo certo? Acabo de conhecer seu blog através de uma indicação em outro lugar. Enfim, li seus textos mais antigos mas decidi pular pra algo mais atual imaginando que pudesse traçar uma linha no tempo, a evolução de vocês. Mas eis que me deparo com a grande duvida que ronda a cabeca de qualquer pessoa que pensa em imigrar: a perda. Minha cabeça gira do lado de cá. Tenho 33 anos, minha mulher a mesma coisa; temos uma vida "consolidada" no Brasil: profissao, bom emprego, uma linda casa, amigos, familia... mas mesmo com esse aparente sucesso nossa vontade eh partir, buscar o novo - talvez um país menos cansativo que o Brasil. Como eh duro deixar pra tras tantas coisas boas, em busca de um sopro de vida, nao? Um abraço. Bruno
ResponderExcluirOlá Bruno
ExcluirRealmente imigrar é muito difícil. Como tudo na vida, tem seu lado positivo e negativo. É muito difícil viver longe da família. Já escrevi sobre isso pois é algo que pesa muito. Além disso, tem que ter ciência de que é um recomeço de vida. Na teoria até parece fácil, mas viver isso na pele é muito sacrificante. Acho que vale a pena, mas tem que estar muito preparado pois se vive um longo período de perdas e renúncias. Nós estamos nos adaptando e melhorando a cada dia, mas mesmo com quase tres anos morando aqui, estou longe de alcançar o mesmo patamar financeiro e profissional que eu tinha no Brasil. Se é que isso vai acontecer um dia. Para concluir, são muitas conquistas e muitas perdas pessoais. Para uns vale, para outros nem tanto. Acho que você deveria ler o post "Paradoxo do imigrante", pois fala um pouco sobre isso. Clique aqui http://primaucanada.blogspot.ca/2015/12/o-paradoxo-do-imigrante.html.
Espero de coração que você tome uma decisão que lhe conforte e que você ache aquilo que procura.
Boa sorte!
Um abraço
Priscila
Oi! Tudo bem? Estamos planejando ir para Vancouver em agosto, mas estamos preocupados com o custo. Vc mora em Port Coquitlam, certo? O valor dos imóveis são mais baratos? Pode me ajudar? Obrigada!bj
ResponderExcluirOlá Joice
ExcluirOs imóveis são mais baratos sim. E apesar de eu gastar duas horas por dia em deslocamento (ida e volta) para o meu trabalho em Vancouver Downtown, eu acho que vale a pena morar em Coquitlam. É cidade de subúrbio e muito boa para morar. Tem tudo o que se precisa sem a agitação exagerada do centro urbano. Como sou de São Paulo, viver em um lugar calmo hoje faz diferença para mim.
Um abraço
Priscila
Pri, li seu blog de tras pra frente :) Estava meio desanimada por causa do ingles e fui procurar alguma coisa (nem lembro o que) e surgiu seu blog... bem passei o domingo lendo :D
ResponderExcluirEu e meu marido (Fabio) estamos recem chegados em Halifax-NS, e me identifiquei com muita coisa do seu blog.
Obrigada por dividir conosco suas experiencias, voce nao tem ideia como o post seu sobre ingles me ajudou (eu estava num desanimo daqueles...).
Que 2016 seja uma excelente ano pra nos.
Bjs.
Olá Simone
ExcluirPrimeiramente, desculpa por demorar em responder :)
Não desanima com o inglês. Sei que é um enorme obstáculo, se não for o maior. Mas com o tempo as coisas se ajeitam. Já estou aqui há quase três anos e ainda sofro com isso. Mas apesar disso, não é mais uma barreira. Hoje sofro com a forma de falar, que não é natural igual ao português. Quem sabe daqui uns 10 anos isso não muda? Rssss
Mantenha-se forte e paciente que tudo dá certo ;)
Um abraço
Priscila
Oi, Priscila! Tudo bom? Venho acompanhando seu blog ha algum tempo. Sempre me ajudou muito. Finalmente cheguei em Vancouver. Sera que podiamos marcar um cafe qualquer dia desses? Abracos! (Estou apanhando do teclado da escola de ingles. rs)
ResponderExcluirOi Carolina, tudo bem?!
ExcluirPodemos sim marcar um café. Me manda o seu e-mail e telefone por um comentário. Não o publicarei. Daí em diante nos falamos diretamente.
Um abraço
Priscila
Olá, Priscila. Eu havia mandado um outro comentário, mas acho que foi pro limbo. Talvez tivesse que ir mesmo... Estou aqui no Brasil e li seu blog todo. Bacana ler um relato mais pessoal e menos esquemático (que é bom também, claro) sobre o Canadá. Nossos perfis são bem parecidos, mais ou menos a mesma idade, estrutura no Brasil, casados... enfim. Eu já morei um tempo fora e sei como é dura a vida de imigrante. Mas mesmo assim estou planejando partir novamente. Quem sabe? Um abraço. Bruno
ResponderExcluirOlá Bruno
ExcluirObrigada pelo comentário
Espero que você descubra o que quer. E independente do seu planos. Boa sorte :)
Um abraço
Priscila
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirHumm estou super curiosa quanto a novidade! Adorei o post.
ResponderExcluirBeijos
Você fez aquele monte de teste para validar o seu diploma de arquitetura? Eu estava lendo em outro post que tem como trabalhar na área sem essa validação canadense que solicita um monte de coisas.
ResponderExcluirCarla, você consegue trabalhar na área sem ser arquiteto registrado. Um abraço
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