Depois de uma data estimada para a nossa ida, restava criar um plano.
Quem nos conhece sabe, eu e o Mauricio não somos o tipo de casal de muito planejamento detalhado com scripts do passo a passo. E não foi por
falta de tentativas. Já criamos milhares de planos financeiros, planos
de viagem, planos de mudança, planos de trabalho, planos, planos e
planos... E no fim, percebemos que a vida é muito dinâmica e a maioria
dos nossos projetos não se concluía até o final ou tinha que mudar no meio do caminho. Por isso, para nós, um
plano muito rígido pode acabar em frustração.
Mas como não queremos deixar de ser prudentes em nossas vidas e sabemos
que não dá para só empurrar com a barriga, aprendemos que para nós o
que funciona mesmo são projetos simplificados, do tipo rascunho
na folha do moleskine. Na verdade, criamos um guia para nos dar
diretrizes e prazos. O objetivo era organizar a linha de raciocínio de forma cronológica e não deixar para trás coisas importantes.
Então, resolvemos fazer algo mais próximo da nossa realidade. Decidimos
criar um roteiro do que precisaríamos para ir para o Canadá com
estimativas de tempo. A nossa listinha das
tarefas que deveriam ser feitas ainda no Brasil foi dividida por mês:
- JANEIRO: (1) avaliar cidades que poderiam nos interessar
- FEVEREIRO: (1) definir a cidade que iríamos
- MARÇO: (1) providenciar o SIN (documento canadense)
- ABRIL: (1) abertura de conta bancária no Canadá vinculada a do Brasil
- MAIO: (1) início da busca de passagem aérea, preferencialmente em promoção
- JUNHO: (1) definir a ida da Jesse e do Bart (cachorros)
- JULHO: (1) definir curso para Priscila
- AGOSTO: (1) iniciar a estruturação do departamento da empresa gerenciado pela Priscila
- SETEMBRO: (1) providenciar tradução juramentada dos documentos
profissionais do Mauricio (2) decidir a situação do nosso apartamento
em São Paulo
- OUTUBRO: (1) iniciar busca por imóveis no Canadá
- NOVEMBRO: (1) fazer check-up da saúde da família - Pri, Mau, Jesse, Bart -
(2) iniciar o cancelamento das empresas contratas como luz, gaz, tv,
seguros, etc (3) questões financeiras como encerramento de bancos,
impostos e obrigações com o Leão.
- DEZEMBRO: (1) organizar malas para ir (2) verificar as questões do
nosso apartamento em São Paulo (3) verificar as questões dos veículos no
Brasil
Em resumo, o que sabíamos é que no mínimo deveríamos terminar o ano com
as passagens marcadas (nossas e dos cachorros), um lugar para ficar lá
(mesmo que provisório), e deixar o mínimo de pendências no Brasil, se
possível, nenhuma.
Enfim, criamos as tarefas que deveríamos executar, mas sabíamos da
possibilidade de imprevistos e mudanças de plano em função da dinâmica
da vida. Afinal, em um ano, muita coisa pode acontecer. Por isso,
fizemos apenas um guia para não nos perdermos.
Fácil??? Nem pensar, afinal, foram listadas apenas o básico. Além destes itens, muitos detalhes teriam que ser resolvidos.
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Torço por vocês, sobretudo porque, futuramente, pretendo mora por lá.
ResponderExcluirSeremos vizinhos! Espero até lá estar melhor no snowboard e compensar Lake Tahoe!!! Bjs cunhadinho
ExcluirOi Priscila e Mauricio, tudo bem? Primeiro, muito obrigado por doarem um pouco do tempo de vocês para a construção desse blog. Tá ajudando muuuuuuuuito. Muito obrigado mesmo. =D Se vocês puderem me ajudar, gostaria de saber como é o processo para a equivalência do currículo das faculdades daqui do Brasil para o Canadá. Vou me formar agora em 2014 em arquitetura também e ,buscando qualidade de vida e novas oportunidades, estou na fase de pesquisas sobre o Canadá. O que é preciso fazer para se tornar um arquiteto no Canadá com diploma brasileiro? Meu inglês é intermediário mas preciso pratica-lo. Estou com planos de, depois me formar, passar um tempo por aí para aperfeiçoar a língua e se possível ficar e complementar meus estudos para que meu diploma seja válido aí. Como funcionada esse processo? Desde já agradeço a atenção de vocês. =D Abraço e tudo de bom pra vocês.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá Bruno e Débora.
ExcluirObrigada pela visita e comentário. Tentando ajudar um pouquinho, aí vão algumas informações válidas para o arquiteto do casal...
Arquitetura é profissão regulamentada aqui, assim como no Brasil. Por isso, é importante ter em mente que se quiser ser arquiteto regulamentado no Canadá terá que ter o reconhecimento de um órgão específico, e isso varia de província para província. Mas depois de muitas avaliações, o Maurício achou que não vale a pena o esforço pelo título de arquiteto. Na verdade, a maioria dos arquitetos aqui em British Columbia não tem o registro e isso implica em não poder assinar alguns tipos de projeto, sobretudo tecnicamente. Mas isso não impede de trabalhar na área, o que já é um alívio para nós profissionais imigrantes. Na minha opinião, o que mais vale é se preparar para atender o mercado procurando compreender o sistema de medidas, técnicas construtivas locais, costumes canadenses e condições naturais. Aí neste caso, o curso seria a melhor maneira de se adequar porque é tudo muito diferente. Masssss se você realmente quiser saber mais informação sobre como ser arquiteto aqui, recomendo você acessar o site http://www.credentials.gc.ca/immigrants/factsheets/architect.asp. Lá tem muitas informações que te ajudarão a entender melhor como as coisas funcionam. Também recomendo você ler o post "Arquitetura no Canadá - Parte I", no qual eu listo alguns documentos a serem providenciados ainda no Brasil. Todos precisam de tradução juramentada, que pode ser feita aí ou aqui. Bom, espero ter ajudado!
Um abraço
Priscila