domingo, 11 de agosto de 2013

- Dia dos pais



É inveitável deixar este dia passar em branco aqui no blog. E claro, o texto é para o meu amado papai: Pedro Fernando. 

Meu pai é uma pessoa única, um homem incrível que consegue unir muitas qualidades, mas muitas mesmo. É empreendedor, criativo, inteligente e, principalmente, apaixonado. É apaixonado pelas conquistas, pela vida e pelas pessoas.

Um homem de garra e muita força de vontade. Sem dúvida nenhuma um batalhador. Tudo o que se propõe a fazer, faz direito, e nunca deixa nada pela metade. Não se deixa abalar por nada e é um eterno otimista. Corre atrás do que quer e do que acredita. E mais do que isso, é um super motivador que nunca deixa a peteca cair, nem a dele e nem a de qualquer um que esteja em volta. É uma pessoa contagiante e sabe incentivar.

Mas tudo isso tem um preço: está sempre com pressa. Nem ele sabe mais o porquê, mas vive correndo e certamente é a pessoa mais ansiosa do mundo. Dizem que vive ligado no 220V, mas eu acho que é muito mais do que isso. Ele mesmo diz que tem um “pouco a mais de energia” do que as outras pessoas, e ainda explica que é porque é baixinho e o sangue circula mais rápido no corpo. Talvez até seja, pois não consegue ficar parado.  Como consequencia de tanta ansiedade, é explosivo. Não tem paciência e fala logo o que pensa, e se precisar, até berra! Mas tem um coracao de ouro, pois por ser deste jeito, não guarda rancor. Se discutir agora, no próximo segundo já esqueceu o que aconteceu. E isso é ótimo pois vive de bom humor, assobiando, cantando e contando piada.

É uma pessoa a se admirar e um verdadeiro pai de família. Foi participativo na minha infância e tenho sorte por isso, pois sei que é algo raro. Contava histórias criativas e brincava muito comigo e com meu irmão. Guardo muitos bons momentos de criança que levarei por toda a vida. Uma cena que me marcou é algo que fazia parte da rotina da nossa família. Morávamos em um pequeno sobrado e todas as noites quando meu pai chegava do trabalho ele  gritava bem alto “papai chegou”. Eu e meu irmão corríamos ansiosos para dar oi e abraça-lo. Depois disso jantávamos todos juntos sentados à mesa na cozinha. Lembro-me de olhar fixamente para ele e minha mãe enquanto conversavam. Eu adorava aquilo. Era algo extremamente simples e corriqueiro, mas era muito valioso para mim. Até hoje fico encantada com os momentos que repetimos isso e ele diz com um sorriso natural: “é muito bom ter toda a família reunida”.

Definitivamente foi meu heroi. Mas não não digo isso como “clichê”, e sim porque me passou muitos ensinamentos. Me educou, me incentivou e me fez sempre andar para frente. Me ensinou muitas coisas de grande valor e que são para a vida toda. Me mostrou que os obstáculos fazem parte da vida e que somos formados pelas nossas experiências, que nada mais são que a nossa vivência. Permitiu que eu errasse para aprender. Deixou que eu caisse e me ensinou a levantar. Foi, é e sempre será meu porto-seguro. É minha referência.

Quando fiz quinze anos ele me disse: “Filha, você ainda passará por muita coisa na vida e terá muitas pedras no seu caminho. Se eu pudesse, passaria as minhas experiências para você, mas isso, é algo que a vida lhe ensinará”

E o maior aprendizado que eu tive foi que a vida não é fácil, que sempre terei obstáculos e que devo enfrentá-los sem medo de errar. Que o erro traz a experiência e que o medo é algo natural. Mas que o segredo é não deixar que o medo seja maior que a vontade.

Papai, obrigada pelas lições, pelo apoio e, principalmente, pelo amor de todos os dias.

Te amo e tenho muito orgulho de você.














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