É inveitável deixar este dia passar em branco aqui no blog. E claro, o texto é para o meu amado papai: Pedro Fernando.
Meu pai é uma pessoa única, um homem incrível que consegue
unir muitas qualidades, mas muitas mesmo. É empreendedor, criativo, inteligente
e, principalmente, apaixonado. É apaixonado pelas conquistas, pela vida e pelas
pessoas.
Um homem de garra e muita força de vontade. Sem dúvida
nenhuma um batalhador. Tudo o que se propõe a fazer, faz direito, e nunca deixa
nada pela metade. Não se deixa abalar por nada e é um eterno otimista. Corre
atrás do que quer e do que acredita. E mais do que isso, é um super motivador que
nunca deixa a peteca cair, nem a dele e nem a de qualquer um que esteja em
volta. É uma pessoa contagiante e sabe incentivar.
Mas tudo isso tem um preço: está sempre com pressa. Nem ele
sabe mais o porquê, mas vive correndo e certamente é a pessoa mais ansiosa do
mundo. Dizem que vive ligado no 220V, mas eu acho que é muito mais do que isso.
Ele mesmo diz que tem um “pouco a mais de energia” do que as outras pessoas, e
ainda explica que é porque é baixinho e o sangue circula mais rápido no corpo.
Talvez até seja, pois não consegue ficar parado. Como consequencia de tanta ansiedade, é
explosivo. Não tem paciência e fala logo o que pensa, e se precisar, até berra!
Mas tem um coracao de ouro, pois por ser deste jeito, não guarda rancor. Se
discutir agora, no próximo segundo já esqueceu o que aconteceu. E isso é ótimo
pois vive de bom humor, assobiando, cantando e contando piada.
É uma pessoa a se admirar e um verdadeiro pai de família.
Foi participativo na minha infância e tenho sorte por isso, pois sei que é algo
raro. Contava histórias criativas e brincava muito comigo e com meu irmão.
Guardo muitos bons momentos de criança que levarei por toda a vida. Uma cena
que me marcou é algo que fazia parte da rotina da nossa família. Morávamos em
um pequeno sobrado e todas as noites quando meu pai chegava do trabalho
ele gritava bem alto “papai chegou”. Eu
e meu irmão corríamos ansiosos para dar oi e abraça-lo. Depois disso jantávamos
todos juntos sentados à mesa na cozinha. Lembro-me de olhar fixamente para ele
e minha mãe enquanto conversavam. Eu adorava aquilo. Era algo extremamente
simples e corriqueiro, mas era muito valioso para mim. Até hoje fico encantada
com os momentos que repetimos isso e ele diz com um sorriso natural: “é muito
bom ter toda a família reunida”.
Definitivamente foi meu heroi. Mas não não digo isso como
“clichê”, e sim porque me passou muitos ensinamentos. Me educou, me incentivou
e me fez sempre andar para frente. Me ensinou muitas coisas de grande valor e
que são para a vida toda. Me mostrou que os obstáculos fazem parte da vida e
que somos formados pelas nossas experiências, que nada mais são que a nossa vivência. Permitiu que eu errasse para
aprender. Deixou que eu caisse e me ensinou a levantar. Foi, é e sempre será
meu porto-seguro. É minha referência.
Quando fiz quinze anos ele me disse: “Filha, você ainda
passará por muita coisa na vida e terá muitas pedras no seu caminho. Se eu
pudesse, passaria as minhas experiências para você, mas isso, é algo que a vida
lhe ensinará”
E o maior aprendizado que eu tive foi que a vida não é
fácil, que sempre terei obstáculos e que devo enfrentá-los sem medo de errar.
Que o erro traz a experiência e que o medo é algo natural. Mas que o segredo é não
deixar que o medo seja maior que a vontade.
Papai, obrigada pelas lições, pelo apoio e, principalmente,
pelo amor de todos os dias.
Te amo e tenho muito orgulho de você.
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