segunda-feira, 15 de junho de 2015

- 10 pontos negativos da nossa vida no Canadá


Já estava na hora de falar um pouco das coisas que para nós são pontos negativos aqui no Canadá, ou melhor, na nossa vida canadense. Antes de mais nada, a ideia não é comparar o Brasil e o Canadá, até porque, a vida de cada um pode ser muito boa aqui ou lá.
A proposta é pontuar alguns itens que não tem sido fácil lidar e/ou se adaptar. Exceto pelo primeiro item, nenhum dos pontos seria motivo para nos fazer voltar. São algumas poucas "pedras no nosso sapato”:
 
1) SUA FAMÍLIA NÃO ESTÁ AQUI
 
Este item vale por muuuuitos outros. Aliás, nada supera isso. Como eu já disse anteriormente, este é um ponto que eu nem deveria mencionar neste post pois acredito que não podemos parar para avaliar a ausência da família, caso contrário, a imigração seria impensável. Mas ainda assim, não dá para fantasiar e fingir que isso é algo que dá para ignorar sempre. A falta das pessoas que amamos é imensurável. São incontáveis as vezes que eu quis sair correndo para os braços dos meus pais e pedir colo, ou simplesmente, tê-los ao meu lado, somente pela presença. Na realidade, no meio de tantos motivos que fazem uma pessoa retornar à sua nação, tenho convicção de que a falta da família é o único que seja de falto real e considerável. (Quase) tudo nesta vida é superável. Mas a falta das pessoas que você ama chega a ser irritante, muito irritante.


2) RECOMEÇO DE VIDA

Recomeçar a vida é um saco! Claro que há um lado positivo nisso, afinal, todos os dias temos algo novo para aprender e/ou se adaptar. Isso significa que recomeçar acrescenta muito para o desenvolvimento pessoal. Mas cansa. Já faz parte da nossa rotina coisas pequenas e simples se tornarem complicadas. Todo dia um novo aprendizado. Mas gente, juro que aprender tanto é exaustivo. Nós só percebemos o quanto sabemos na vida quando temos que reaprender tudo novamente. E isso vai além da adaptação pessoal, recomeçar a carreira é muito mais difícil do que se imagina. Muita gente acha legal e valioso a vivência de morar fora, e eu concordo com isso. Acho incrível todas as experiências que temos vivido aqui, principalmente as minhas que tive que começar bem do zero. Eu percebi em mim um grau de adaptação e paciência que jamais imaginei ter. Descobri que a minha persistência e humildade é maior do que eu pensava que fossem. Mas mesmo diante de toda esta percepção e superação, eu repito, a prática é extremamente difícil. Ver as pessoas ao redor te tratando como estagiário ou inexperiente é algo que às vezes aborrece. Claro que existem as ocasiões em que somos realmente leigos por falta de conhecimento local, mas depois de anos de experiência profissional, a maturidade e nível de aprendizado têm os seus valores. Às vezes tenho vontade de falar para o meu chefe: "Querido chefinho, sei que sou nova aqui no Canadá, mas calma aí, não precisa me tratar como criança!". Óbviamente, isso fica só na minha imaginação. Mantenho o sorriso no rosto e "bola pra frente". Mas o pior do cenário profissional nem é isso. Eu ainda acho que o mais difícil é ter que deixar de lado parte da experiência já adquirida para exercer outras funções, mesmo que esteja trabalhando na área de formação. No meu caso por exemplo, apesar de trabalhar em uma empresa da minha área, muitas das minhas funções não estão diretamente relacionadas com o meu histórico profissional. Ok, e mais uma vez estou aprendendo coisas novas. Até aí, legal. Mas poxa, eu acabo não oferecendo para a empresa o que eu poderia, e nem no grau de qualidade condizente ao meu conhecimento. Não me importo em aprender mais, muito pelo contrário, eu adoro aumentar meu conhecimento. Mas acho frustrante ter que deixar de lado habilidades já desenvolvidas, principalmente por saber que poderia fazer muito mais, e receber mais (rsssssss). Além disso, eu deveria estar caminhando rumo ao ápice da minha carreira nos próximos anos. Parece que terei que prorrogar pelo menos uma década para chegar lá. Agora não tem jeito, tem que ter paciência e reconstruir a carreira, aos 35 anos. E coloca paciência nisso!!!

3) BAIXO ORÇAMENTO
 
Recomeçar a carreira também significa recomeçar a vida financeira. E uma coisa leva a outra. Não vamos nos enganar, uma coisa é fato, aqui no Canadá nosso orçamento familiar é bem mais baixo do que o que tínhamos no Brasil. Concordo que a vida não é feita só de dinheiro e que há milhares de pontos positivos em viver num país desenvolvido e blá blá blá. Mas também não dá para fantasiar e dizer que tudo está mil maravilhas. Aqui contamos moeda, literalmente. Nosso orçamento é super justo e tudo tem que ser milimetricamente planejado, sem direito a emergências e dores de barriga inesperadas. Marido diz que temos que vender o almoço para pagar a janta! Exageros à parte (ou não), compartilho com vocês de que este é um lado difícil de administrar. Manter o "credit score" em um bom patamar e ainda viver com o limite baixo é outra coisa que aborrece aqui. E o pior é que não temos perspectivas de grandes mudança num futuro muito próximo. Antes mesmo de vir para o Canadá, sabíamos que viver com um orçamento baixo faria parte da nossa fase de adaptação à vida de imigrante. Isso tudo fez parte do nosso plano de vir. Por opção, mantivemos nossas coisas no Brasil e não trouxemos nenhuma reserva financeira. O nosso orçamento atual vem única e exclusivamente da nossa receita atual. Ou seja, vivemos aqui com o que recebemos aqui. Mas como tudo na vida, é diferente viver na prática o que se sabe na teoria. É chato demais ver tantas oportunidades ao redor e não poder aproveitá-las. São milhares de programações e viagens que poderiam estar ao nosso alcance se não fosse este pequeno detalhe de falta de dinheiro sobrando. Agora não em jeito. Mais paciência... Planejamos isso porque queríamos manter uma segurança, um projeto de escape se fosse necessário. E apesar das dificuldades, fico satisfeita em saber que de certa forma, estamos conseguindo lidar com isso também. Mas isso não elimina o fato de que é mais um item difícil de conviver.


4) IDIOMA
 
A língua é algo que acho que sempre vai ser uma pedra no sapato. Claro que com o passar do tempo a tendência é disso melhorar e o sofrimento diminuir. No entanto, não vejo no futuro um momento em que o inglês se torne algo natural e confortável. É muito chato quando você entra em desgaste se esforçando para expressar algo quer, e no fim, não fala o que deseja, e sim o que consegue. Já perdi as contas das ocasiões em que falei um monte para explicar algo extremamente simples. Coisa que em português meia dúzia de palavras teriam resolvido. Preciso de muito ainda para construir um bom vocabulário que me faça capaz de expressar extamente os meus pensamentos. Se é que isso um dia vai acontecer, porque muita gente que eu conheço reclama da mesma coisa. Outro dia mesmo eu estava conversando sobre isso com uma colega de trabalho, que é italiana, e fala super bem inglês. Quer dizer, eu achava que sim. Porque a impressão que eu tinha é que ela falava um monte, super fluente, bem desenvolta, feliz da vida. Até que um dia ela sentou do meu lado e falou: “I hate English, I hate second language”. Nem acreditei quando ela mencionou: “Como assim? Você fala tão bem.”. Ela respondeu: “Bem??? Nunca falo o que quero! Cansa não conseguir me expressar e às vezes parece que nada faz sentido quando me ouço falando.” Achei aquilo muito engraçado. Não porque eu a quero mal, mas porque outras pessoas passam as mesmas dificuldade e às vezes achamos que o problema é exclusivamente nosso. E tudo isso fica muito mais evidente em situações do dia a dia, que tendem a mostrar que viver afundado num outro país vai muito além da simples e pura comunicação. Trata-se também de conceitos e costumes, que é o que de fato traz esta sensação de que somos ignorantes quando estamos fora da nossa posição de conforto. E às vezes isso acontece até em coisas bem simples e bobas. Por exemplo,  já aconteceu de eu não entender piadas canadenses, não pela falta do inglês, mas porque não pego o senso de humor da brincadeira. E o mesmo vale para o lado contrário. Quando faço algumas tiradas tipicamente brasileiras, o canadense faz cara de paisagem. Mas estas pequenas coisas do dia a dia são superáveis e dá para tirar de letra. O problema vira um tormento quando se trata de coisas sérias, sobretudo assuntos profissionais quando se expressar faz a diferença. E são estes os casos que nos desgastam no final do dia. Quando uma palavra pode te fazer ir para frente ou para trás, dependendo do ponto de vista. Pensar para falar é um exercício que cansa!
Eu sei que tem gente que não liga para isso e se cobra menos, conseguindo conviver bem com esta questão, tipo “falo o que dá e entende quem quer”. Talvez a diferença esteja em como cada um lida com isso, sendo mais importante para uns, e não tão relevante para outros.

5) INTERATIVIDADE
 
O problema do idioma não para na dificuldade de expressão e compreensão. Não, não, não, nada disso. Ainda existe o obstáculo comportamental que uma conversa compreende. Neste caso, não estou me referindo à comunicação de turista ou das tarefas rotineiras. Estou discutindo o envolvimento e relacionamento com as pessoas em volta. Como parte da cultura,  aqui as pessoas têm comportamentos diferentes durante as conversas e não têm o “adorável”  hábito de te interromper enquanto você está falando. Acredita que aqui todos (exceto os brasileiros) esperam você concluir a idéia do que está dizendo???? Um absurdo!!! Sim, não pensem que estou sendo louca, mas como boa brasileira estou acostumadíssima a ser interrompida durante qualquer conversa. Mas isso que todos criticam e chamam de “interrupção”, “má educação”, ou “falta de paciência”, eu chamo de interatividade. O brasileiro fala junto, tenta advinhar a sua ideia, completa as suas frases, e coisas do tipo que tornam qualquer diálogo uma verdadeira bagunça. Brasileiro que é brasileiro compete para falar! Aqui ninguém faz isso, um horror!!!! Para mim, é esquisito conversar com alguém que fica em silêncio, me encarando e esperando eu terminar de falar a ideia com-ple-ta-mente. “Para com isso! Interrompe aí canadense, fala junto, acorda pra vida! Quer uns Red-bulls para dar um pique???” É esquisito demais. E volto a dizer, não estou louca e vou me justificar. Primeiro, você não sabe se a pessoa está acompanhando o seu raciocínio com aquele pleno silêncio. Segundo, você não sabe se o outro está interessado no que está sendo discutido. Terceiro, sempre parece que o problema está no seu inglês e tudo o que você está esforçadamente dizendo não está fazendo sentido nenhum, mesmo que faça. Vira e mexe me pego perguntando: “Você está entendendo o que estou falando?” ou “Isso faz algum sentido para você?” Para mim, na minha humilde opinião brasileira, parece apatia. É muita educação!! Às vezes é bom relaxar um pouco canadense! Mas não pense que o problema para por aí. Porque existe a questão contrária né. Eu também sou ouvinte (às vezes rsssss). Aí eu tenho que me segurar muito para não interromper a pessoa do outro lado que está falando. Nossa, que vontade de interromper, me intrometer na história, tentar advinhar o final, completar frase, tipo.... interagir né?! Ai ai, se eles soubessem o quanto é bom atropelar as conversas! Não é à toa que é comum reconhecer grupos de brasileiros por aí. Basta ouvir uma gritaria descontrolada e pronto, brasileiro na área! Juro, não é brincadeira. Outro dia eu estava correndo no Stanley Park (chique!) num dia lindo ensolarado, horário pós-trabalho. Eu via vários grupos de pessoas se divertindo, praticando esporte, fazendo pic-nic e afins. De longe, enquanto eu corria, conseguia reconhecer os grupos da galaera da terrinha justamente pelo volume das conversas e risadas. Claro que dá uma vergonha na primeira olhada. Mas para ser bem honesta, garanto que eram as galeras que mais estavam se divertindo e dava até vontade de entrar no meio da roda (rsssss). Nós somos assim mesmo, não tem jeito, está no sangue ser relaxado e gostar de uma boa conversa descontraída num boteco qualquer, mesmo que o boteco seja o saguão da empresa que você trabalha. 

6) EMPREGADA DOMÉSTICA
 
Este é um ponto fraco aqui. E põe fraco nisso. Empregada doméstica é uma mão de obra relativamente cara, e portanto, fora do nosso orçamento. Geralmente, este tipo de profissional recebe por hora, algo em torno de CAD$ 20.00/hora. Por isso, não se contrata este serviço por menos de CAD$ 100.00 para uma diária de 5 horas apenas. Para pessoas de classe média, esta conta pesa no orçamento, mesmo que seja algo semanal. Além disso, já dá para imaginar que o serviço doméstico uma vez por semana por apenas 5 horas não é o suficiente para atender tudo o que uma casa precisa. Então, tem que manter em mente que o profissional fará algo mais geral, e não uma faxina profunda, roupa passada, comida, arrumação e tudo mais. É algo cultural. Serviços deste tipo são muito bem valorizados, e isso tem alto um preço. E isso é mais uma coisa que tivemos que nos adaptar. Dou uma ajeitada na casa, mas longe (bem longe) do que "santa Adriana" fazia por mim, pelo marido e pelos cachorros. Minha ex-secretária doméstica no Brasil era perfeita, e sim, uma santa milagreira. Sinto falta demais dela e dos seus serviços. Roupa impecavelmente lavada e passada, casa perfumada e limpa nos pequenos detalhes, comidinhas pre-preparadas. Coisas que sempre valorizei. Nossa, lembro-me o quanto era bom chegar em casa e não ter que me preocupar com estas coisas. Agora, quando chego do trabalho, sempre tem algo pra fazer. Nunca vou direto para o banho ou sofá. Ou tenho que cozinhar, ou mexer com roupa, ou limpar algo, ou ir ao mercado, ou whatever. Roupa passada nem por decreto. Somente as camisas do marido vão para a tábua, e ainda assim, somente uma vez por mês. Para a minha sorte (ou dele) ele só usa camisa de vez em quando. Cozinhar então?! Não consigo transformar isso em algo prazeroso. Morro de inveja das pessoas que gostam de cozinhar e fazem aquelas comidas maravilhosas e bolos decorados. Acreditem, já tentei pegar gosto pela coisa, mas não consigo. Cada vez que tenho que limpar a cozinha depois de tudo feito, quero morrer. E com tudo da casa segue no mesmo ritmo. Faço tudo porque gosto do resultado das coisas organizadas, mas odeio ter que fazê-las. E independentemente do quanto eu faço, nunca tenho o efeito que eu quero. Não tenho jeito para a coisa. Todos os dias pergunto para o marido porque não usamos roupa descartável. Não seria ótimo?!


7) COMIDA
 
Claro que já estamos adaptados com a comida daqui, mas confesso que nos alimentávamos bem melhor no Brasil, gastando muito menos. Aqui me esforço mais para atingir a cota de proteína e vitaminas necessárias diariamente. Em compensação, tranqueira não falta. Apesar de eu ouvir que tudo está muito caro no Brasil, eu ainda julgo que aqui os preços são mais altos deste lado no que se refere a alimento. Não penso no valor individual, mas na relação do poder de compra. Os salários são menores aqui e as pessoas de forma geral tem um custo alto de vida para manter o básico. E comida é algo que faz esta conta aumentar muito. Sério, pagar CAD$ 5.00 por um mamão papaia pequeno é um absurdo para quem recebe um salário médio. Marido e eu até fazemos piada disso. Quando compro esta fruta, ele sempre fala que estou abusando e pergunta se recebi aumento (rssssss). Brincadeiras a parte, aqui faço muito mais conta do que fazia no Brasil para conseguir manter o cardápio equilibrado e relativamente saudável. E ironicamente, apesar de fruta ser bem mais barata no Brasil, consumimos mais hoje em dia, mesmo no inverno. E isso não é a toa. Como eu cozinho bem menos aqui, naturalmente o número de refeições completas são menores, então a fruta passou a ser um complemento alimentar para mantermos a qualidade do nosso consumo. Nunca mais tivemos refeições no horário da janta. Só no almoço. Hoje, ou é lanche ou é salada a noite. E ainda me esforço para preparar almoço decente para levarmos ao trabalho. Separo duas noites da semana para cozinhar de verdade, aí já preparo "marmita" para os dias de trabalho subsequentes. Mas faço reclamando (rsssss). E não é a toa. Depois de um dia todo trabalhando ter que chegar em casa e ainda gastar umas duas ou três horas cozinhando é de matar qualquer humor né. Tento aliviar a tarefa tomando um vinho junto de vez em quando, mas não é algo que resolve o assunto, a preguiça ainda é bem maior. Para resumir, nosso café da manhã é bem completo, almoço é comida caseira e janta algo leve e prático, mas nunca comidinha preparada. E como falei, duas porções de fruta diariamente como snack. É isso aí, jogamos com as cartas que temos na mão, pagando bem alto.

8) SISTEMA DE SAÚDE
 
Quanto a este item, não vou me estender muito porque recentemente escrevi três posts gigantes sobre o assunto. Se você perdeu, vale a pena a leitura clicando aqui, aqui e aqui. Para resumir a minha opinião, eu  cuidava melhor da minha saúde no Brasil no que diz respeito à medicina. Não estou me referindo ao sistema de saúde de forma geral, nem quanto ao fato de ser justo e acessível a todos, ser igualitário, e blá blá blá. Estou única e exclusivamente falando da minha experiência pessoal. Eu tinha plano particular no Brasil e era infinitamente mais fácil ir aos médicos e fazer exames. Ponto. Então para nós, no nosso caso, preferíamos a medicina que tínhamos lá. Só para esclarecer, estou me referindo ao acesso a médicos, exames e medicamentos, porque de maneira geral, a minha vida é mais saudável aqui. E põe mais nisso. Como aqui meu nível de estresse no trabalho é menor e pratico mais exercícios, eu acredito que minha saúde é melhor no aspecto geral. Mas sendo focada no assunto, nota baixa para o Canadá no quesito "acesso à medicina".

9) CUIDADOS FEMININOS (item exclusivo da Priscila)
 
Ser mulher não é tarefa fácil e nem barata. E acredito que isso seja universal, não importando se é no Brasil, no Canadá ou qualquer lugar no mundo. São vários itens capazes de deixar qualquer mulher louca de preocupação: unha, depilação, sobrancelha, cosméticos, maquiagem e claro, cabelo. Ah o cabelo!!! Este sim é de preocupar qualquer pessoa. Até mesmo a menos vaidosa cuida um pouquinho da cabeleira. E eu, que não sou exceção da regra, julgo isso um ponto negativíssimo aqui no Canadá. Depois de dois anos vivendo aqui, ainda não me achei com cabelereiro. Sério, isso tem sido uma novela na minha vida. Os outros itens até consigo me virar. Por muita sorte e conveniência, unha e depilação são coisas que eu mesma já fazia em mim lá no Brasil. Então bastou pouco para me ajeitar nestas vaidades. E pelo mesmo motivo, não sei o preço destes serviços aqui. Além disso, a cera de depilação eu ainda trago do Brasil. Cada vez que alguém vem me visitar, a pessoa me traz refil (rsssss). Mas não porque não tenha aqui. A questão é simples e puramente financeira. Eu estou acostumada a usar cera quente tipo roll-on, que aqui encontra-se facilmente em qualquer mercado. Mas custa CAD$ 13.00 o refil que rende uma única vez as pernas inteiras. A que eu trago custa CAD$ 1.50 (R$ 4.50) e rende duas depilações das pernas inteiras. Aí neste caso não dá para comparar e vale muito a pena trazer. E ainda assim, mesmo que o meu estoque brasileiro acabe, não preciso me desesperar pois poderei me virar mesmo que pagando mais. Unha eu também faço sozinha. E aqui tenho resultado até melhor pois há mais opção de produtos. Quando estou com paciência (porque demora), aplico um esmalte com gel bem legal que dura umas duas semanas. Cosmético nem se fala. O que tem nos EUA, tem aqui. Creme e maquiagem tem de sobra e é fácil de se adaptar. Ah, mas o cabelo. Santo cabelo! Isso tem sido um capítulo à parte na minha vida e ainda não achei nenhum profissional que atendesse o que eu preciso. Para não ser desonesta e injusta, conheci uma cabeleireira fofa e super cuidadosa que tem me ajudado, chamada Paula. Mas infelizmente, ela não faz o tratamento que eu fazia no Brasil, e não tenho conseguido manter o meu alisamento da mesma forma que eu fazia antes de vir. Muito pelo contrário, uma cabeleireira canadense fez um estrago no meu cabelo há mais de um ano e até hoje não o recuperei. Nem mechas estou podendo fazer porque corre o risco de eu destruir ainda mais os fios, e até perdê-los. Imagina ficar careca por erro de cabelereiro??? Passei dias chorando por causa disso. E depois do trauma não tentei mais fazer o retoque do tratamento. O caso só não está mais dramático porque no final do ano passado quando fui ao Brasil aproveitei para retocar o tratamento e dar uma recuperada no aspecto geral. Mas o pior disso tudo é que cedo ou tarde vou ter que enfrentar o problema e ir a algum salão retocar a raiz, ou logo logo será o comprimento todo. Então para mim, apesar de ter a santa Paula na minha vida, continuarei a julgar cabelereiro um ponto negativo neste país. Só mudarei de opinião no dia que eu achar alguém que faça o mesmo tratamento na mesma base qualidade que eu tinha no Brasil. Até lá, me desculpa Canadá, você está perdendo feio neste quesito!!! Ai que raiva disso!!!
 
10) CLIMA (item exclusivo do Mauricio)
 
Muitos diriam o frio como algo negativo, mas já falei inúmeras vezes que gosto da neve, então não posso citar isso como algo negativo na minha lista pessoal. Como estamos em Vancouver, a quantidade de neve que cai na cidade é quase inexistente, então para nós, é algo que faz parte do final de semana quando vamos esquiar. Por conta disso, até certo ponto, para mim o frio é relativamente um ponto positivo, porque eu em particular odeio calor forte.
Agora para o marido, a questão é completamente diferente. Ele só se imagina bem no calor. Frio para ele somente na montanha com snowboard nos pés. Então este item, fica sendo algo negativo só para o Mauricio. Cada vez que ele pode vestir bermuda e chinelo ele comenta (se refereindo ao calor): "Isso é perfeito! Isso é que é vida!". O sonho dele ainda é viver em um local de praia e calor. Quem sabe no futuro? Já para mim, a questão é outra.  Eu sou o tipo de pessoa que sofre com o calor. Claro que se estou de férias em uma praia com aquela brisa fresca e amigos ao redor, o clima quente ensolarado é perfeito. Mas tirando este cenário, eu não sei conviver com temperaturas muito altas. Uma coisa é estar debaixo de 30 graus nas férias, outra é trabalhar vestindo roupa social e enfrentar o trânsito em dias como este. Aí você tenta resolver o problema com ar condicionado, que eu acho pior que a calefação no inverno. Por alguma razão inexplicável, o ar condicionado me deixa doente. Por exemplo, acabamos de voltar das nossas férias na Flórida, onde estava em torno de 35 graus de temperatura. Nesta brincadeira entre calor e ar condicionado, fiquei doente já no segundo dia de viagem. Para mim, Priscila, acho isso insuportável. Eu sofria absurdo no Brasil em dias quentes, e olha que eu morava em São Paulo onde o verão nem é tão forte. Eu acho mais fácil me esquentar com um chá quente no inverno do que me refrescar com um sorvete no verão. Vale frisar que eu AMO sol. Acordar com dias ensolarados e céu azul não tem preço. Anima qualquer pessoa. A gente já acorda de bom humor. Mas isso não está diretamente relacionado à temperatura. Então para mim, ainda acho que o frio é melhor do que o calor. Agora, independente da temperatura, existe algo que é comum para nós dois: a chuva. Nestes lados em que estamos, o que fica sendo negativo é a quantidade de dias chuvosos, sobretudo no inverno. Isso é bem irritante, ao ponto de ter dias que ficamos de mal humor por causa disso. Tempo cinza e úmido é algo que derruba qualquer um né. 
 
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Bom, é isso. Aparentemente estes são pontos negativos que convivemos aqui na nossa vida canadense. Como a vida não é feita somente de flores, não podemos ficar só fantasiando aqui no blog. Espero no próximo falar de coisas mais legais :)

Até mais!

15 comentários:

  1. Olá Pri,
    Chegando a hora de eu largar este triste Brasil, comprado a passagem e lido post a post do seu blog, ansioso por um novo e eis que chega justamente um assim? rssss
    Dos 10 pontos, assimilei e concordei até o 4 (idioma). No 5-(interatividade) já percebi algo estranho. Sentir falta de interatividade nas conversas com adorável habito de ser interrompido? Isso é coisa de latino e sua educação (falta de) conhecida mundialmente. Conversas se perdem e objetividade morre. Reuniões de negocio improdutivas. Estou buscando fugir disso; e este 5º ponto eu achei sim foi positivo.
    Daí em diante... 6º - empregada domestica esta sendo luxo no Brasil, profissão agora justamente regulamentada, mas que onera o patrão, que por consequência fecha vagas, gera desemprego ou informalidade. Não possuo e não faço questão num pequeno apto. Objetos quebrados em casa também não existem mais sem elas rsss.
    Tirando estes 2 destaques + a família que é o único intocável, os outros 7 pontos negativos citados são o preço de se viver num lugar diferente deste caos aqui. Você mesma em tópicos de 2012/2013 previa isso. Fiz o exercício de abri-los lado a lado. O cenário caótico que você postava naquela época piorou por aqui. Para ir a um restaurante há impostos absurdos. No ambiente ainda tem arrastão de bandidos. A caminho dele tem sequestro relâmpago. Na queixa desse crime tem descaso da policia (li de novo seu post sobre a policia canadense encantadora). No meio de tudo tem a corrupção, tem o tráfico de drogas, tem a ausência do Estado em cada detalhe. Apenas um ponto negativo brasileiro qualquer faz superar os 10 ou 20 canadenses simplesmente porque aí há " respeito ".
    Orçamento maior aqui para sobreviver nisso? (li seu post antigo sobre viver no automático em SP). Ganha mais e vive menos ou nem vive...
    Ah ! E uma colega de trabalho teve cabelos queimados num famoso salão cabelereiro de R$ 650,00 num shopping de alto padrão. Só para ilustrar seu 9º tópico exclusivo feminino.
    Bom...10 pontos lidos e assimilados. Fortaleceram ainda mais minha decisão corajosa tanto quanto a sua anos atras.
    Lendo seu post sobre operadoras de internet/celular daí, vou logo enviar esse texto antes que minha conexão caia aqui rssss .
    Abs
    Beto

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    1. Olá Beto
      Muita calma nesta hora! Não estou querendo desanimar ninguem, sobretudo às vesperas de vir (rssssss). Estes pontos são pequenas coisas que no dia a dia irritam. Além disso, não há nenhuma intenção de comparar Canadá e Brasil como opção de lugar para morar, como mencionado logo no início do post. Acredito sim que ambos os países podem oferecer coisas boas, mas aí depende de cada um. Eu em particular prefiro aqui. Se eu for colocar na balança pontos negativos vs positivos que eu devo considerar na escolha entre morar aqui ou no Brasil, para mim, Priscila, aqui é melhor. Escrevi em janeiro de 2014 um post só falando sobre isso. E sinceramente, ainda acho que as coisas vão além de questões políticas e econômicas. Acho que culturalmente o Canadá serve melhor para mim e para meu marido. Mas isso não significa que absolutamente tudo é perfeito. Tudo é questão de adaptação, e acho que com o tempo tudo se resolve.
      Fica tranquilo, você fez uma boa escolha em vir para cá. E como eu já disse, isso é baseado nas minhas experiências pessoais. De repente, para você as coisas serão mais fáceis, sobretudo se você já fala bem inglês e trabalha na áea de TI. Para mim, que vim sem nenhum inglês e para trabalhar com arquitetura, as coisas tem sido lentas. Mas quanto a isso, tudo bem, pois será questão de tempo para tudo se ajeitar.
      Venha com tudo! Você vai amar aqui!!! Pelo menos eu amo!
      E não mudaria a minha escolha de estar aqui, muito pelo contrário, se pudesse voltar no tempo, acho que teria vindo antes.
      Se você estiver vindo para Vancouver, podemos nos conhecer :)
      Um abraço
      Priscila

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  2. Olá Priscila tudo bem?

    Venho acompanhando seu blog já há algum tempo e agradeço por ter me trazido até agora tantas informações sobre o processo de imigração, com suas alegrias e dificuldades!
    Sou arquiteta e engenheira civil e meu marido atua na área de TI... Estamos com o PR na mão e prestes a mudar para o Canadá! Já estamos na fase do check-up de saúde e organizações burocráticas.
    Ambos temos 32 anos ( sua idade quando se mudaram para aí, certo?) e dois cachorros, mas um pouco menores que os seus, rs! Se Deus quiser vão comigo na cabine, portanto por essa aflição de levá-los longe de mim acho que não vou passar!!!
    Temos uma qualidade de vida muito boa aqui em Campinas, com amigos, famílias e tudo o mais, mas também nos falta algo mais... E por isso tomamos a decisão de ir para fora e conhecer novas culturas!!!
    Tiramos o PR pelo meu marido, claro! Profissional de TI né?! E minhas profissões, como vc bem sabe, e como eu também agora sei, após devorar o seu blog, terei de enfrentar aí!!! Ai ai ai...
    Estamos indo para Toronto... Morar em -30!!! Grande preocupação, visto que ambos não conhecemos esse clima!!! Mas ao mesmo tempo, estamos curiosos e otimistas, pois amamos o frio!!!
    Provavelmente meu marido irá antes para procurar apartamento (pois apesar de pesquisar muito, ainda estamos enfrentando aquele pequeno problema do 'no pets') e eu vou ficar por aqui finalizando tudo... Dai ele volta para irmos juntos, inclusive porque a Air Canadá só aceita um cachorro por passageiro!
    Ainda não temos data marcada, pois estamos aguardando algumas confirmações da empresa que meu marido trabalha, tudo está caminhando para ele conseguir uma transferência, o que é uma ótima notícia, pois vamos para o Canadá com ele já empregado!!!
    Mas a ansiedade fica a cada dia mais insuportável, afinal, quando escolhemos uma vida, queremos começar a vivê-la o mais rápido possível, né?!
    Quanto a mim, provavelmente vou acabar trilhando o seu caminho... Curso de inglês, trabalho informal, talvez um curso na área quando tiver apta para isso é aí tentar enfrentar o mercado...
    E ainda preciso encaixar um filho em algum momento deste caminho... Mas isso vou deixar para pensar depois... Nós mulheres tentamos planejar sempre tudo, né?
    Li seu último post e adorei!!! Me deu vontade de te escrever... Primeiramente fiz essa 'carta de apresentação' para você me conhecer, afinal eu já sei bastante sobre você, e gostaria que você soubesse sobre mim!!!
    Esse seu post me trouxe umas resposta real para vários questionamentos e inseguranças... Afinal a vida não é feita somente de rosas! Fiz várias pesquisas e planilhas em relação ao custo de vida, por exemplo, mas é muito diferente de já estar aí vivendo o dia a dia! Por isso gostaria de te fazer uma pergunta pessoal: no seu julgamento, quanto é necessário se ganhar (um casal) mensalmente para se ter uma vida como a que você tinha ou a que eu tenho aqui no Brasil?
    Vou deixar somente esta pergunta por hora, pois já escrevi demais, rs...
    Obrigada novamente por tantas informações e pela leitura deliciosa!!!
    Ah... E por favor... Mate minha curiosidadeeee!!! Conseguiu emprego como arquiteta???
    Grande beijos,
    Tainá

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    1. Olá Tainá

      Fico feliz em sabe que está gostando do blog :)
      Primeiramente, quero tranquilizá-la em relação ao nervosismo de vir. Claro que isso é natural, mas como seu marido trabalha na área de TI, certamente vocês não terão problema quanto ao trabalho dele. Mesmo que ele não consiga uma transferência pela empresa em que trabalha atualmente, tenho certeza de que conseguirá algo bom. Absolutamente todas as pessoas que conheci até agora que atuam neste mercado estão bem. Então vem com tudo garota!
      Quanto a nossa área, também podemos achar algo relacionado para trabalhar, mas a adaptação é mais dificil e lenta. Aí é questão de ter paciência. Uma dica, não se refira aos trabalhos simples como “informal” como você mencionou no comentário, pois os significados são bem diferentes. Você trabalhará formalmente com certeza, sobretudo por já ter o PR.
      Em relação a sua dúvida sobre valor para se viver bem aqui, é algo mais difícil de esclarecer pois isso vai depender dos seus hábitos de vida. Mas ainda assim vou arriscar para não te deixa sem resposta. Para se viver um padrão de vida de classe média, sem nenhum luxo, eu considero razoável o valor de 70 mil anual (isso dá em torno de 5 mil dólares líquido por mês - descontando impostos). Com esta receita, é possível viver em um apartamento alugado (novo ou reformado), porém pequeno, com dois dormitorios, sem requinte. Com este valor, é possível comprar um carro e manter as contas em dia. Mas considere que tem que se manter na linha, sem dinheiro sobrando para compras, mimos, viagens ou reservas. Dá para se viver dentro deste limite. Mas entenda que aqui a vida de classe media é bem satisfatória. Na minha opinião, uma receita razoávelmente boa seria de 120mil anual. Mais uma vez, isso não seria para ter vida de rico, mas uma vida mais tranquila. Isso significaria a chance de pagar as contas mensais, viajar de vez em quando, passear de final de semana, e guardar um pouco cmo reserva. Sem luxo. Mas seria uma vida de classe média com conforto. Para ser sincera com você, não nos vejo aqui no Canadá alcançando o mesmo patamar financeiro que eu tinha no Brasil. Nem no futuro (rssssss). Mas gosto mais da tranquilidade que tenho aqui. Hoje, acho que não vale a pena viver sob pressão em troca de dinheiro e/ou status. Se você vier pensando em não ter luxo, mas em conseguir qualidade de vida, você certamente conseguirá. Eu diria que é uma questão de conquista pessoal, que não tem preço. Prefiro ter menos aqui do que viver com mais no Brasil.
      Quanto ao meu novo trabalho.... você vai ter que matar a curiosidade no próximo post ;)

      Um abraço
      Priscila

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  3. Oi Priscila, tudo bem?

    Nossa... Realmente... Totalmente errada a minha colocação! Desculpe! O que quis dizer foi achar um trabalho fora da nossa área de formação, que inclusive é formal e que acho de grande enriquecimento para pessoas como eu, que estão chegando sem dominar o inglês e sem conhecer o mercado de trabalho canadense.
    Concordo com você quando diz que mesmo não sendo de luxo, sua qualidade de vida aumentou muito com a mudança de pais! Eu também procuro por isso, apesar de a vida no interior já ser um pouco mais 'fácil' do que a vida na capital!
    Mas também espero ter neste país um maior reconhecimento da nossa profissão, sabe? Fico muito chateada com as poucas atribuições que são designadas aos arquitetos do Brasil! E até mesmo a cultura da construção civil brasileira que ficou tão pobre e com tanta falta de qualidade...
    Entenda, a minha crítica não se refere às grandes obras arquitetônicas e grandes arquitetos! Estou me referindo ao que está ao nosso alcance, rs... Como por exemplo, os condomínios de classe média baixa ou alta que são construídos todos os dias, com mesmíssima tipologia, técnicas construtivas sem nenhuma evolução, obras com todos os atrasos possíveis, com falta de planejamento, falta de compromisso dos fornecedores, entre outras milhares de coisas!!!
    Meu Deus!!! Que caos!!!
    Então, além de buscar por tudo que falamos, de ver meus filhos crescerem com segurança e educação de qualidade, tenho essa imensa curiosidade e esperança!!! E espero ser surpreendida para o lado bom!!!
    Bom, mas é isso!!! Então aguardo ansiosamente seu próximo post, certo?
    Obrigada mais uma vez e grande beijo!!!

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  4. Pri e Tainá...
    As contas bateram !! Exatamente como as tantas pesquisas, cheguei a CAD 5000 para entrar e sair da conta por mes, sem luxos, poupanças e surpresas. No cambio hoje seriam R$13.600 por mes.
    Somos 3 na mesma situação social e canseira da situação brasileira. Minha mulher é Eng.Civil mas eu da area de serviços e hotelaria. Se fosse de T.I ja tinha ido ha mto tempo rsss..

    Pri, vamos estreitar esse contato sim. Irei morar em Downtown por enquanto. Como falarmos por e-mail ou outro canal?
    Abs,
    Beto

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    1. Oi Beto
      É isso mesmo. Por volta dos 5 mil para se manter, mas sem luxo e quase nada de lazer. Mas eu acredito que com o passar do tempo isso vai mudando. Como eu mencionei, nós não trouxemos nenhuma reserva e estamos vivendo apenas com o que ganhamos aqui. Mas isso foi uma opção nossa. Porque vejo gente que vendeu tudo no Brasil para vir e teve um início com menos sacrifícios que nós. Nós quisemos manter nossas coisas por lá como garantia, mesmo financeira. Mas aí vai de cada um. A única coisa que eu digo é que precisamos de muita paciência nesta fase inicial, porque é um processo que tem sido bem desgastante. Somar isso a falta de dinheiro não é para qualquer um. Outro dia ouvi um imigrante brasileiro falar algo que eu aderi fortemente: "imigração é igual abrir um negócio, são necessários 5 anos para se estabilizar". Estou contando com isso!!
      Para falar comigo por outro canal, me manda um comentário com o seu e-mail. Não vou publicá-lo.
      Boa sorte para todos nós!
      Um abraço
      Priscila

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    2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  5. Concordo contigo em todos os itens: mas o idioma e o baixo orçamento é o que mais doi para mim. Nunca fui tao pobre na vida e quando falo me sinto uma retardada. Tb ja estou indo para o quarto inverno, outubro ja vai dando aquela tristeza rsrs Bjo

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    1. Oi Ana
      Obrigada pelo comentário.
      Fico mais tranquila em saber que você compartilha da mesma opinião :)
      Mesmo assim, vamos que vamos!
      Um abraço
      Pri

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  6. Olá Priscila! Parabéns pelo blog!!! Eu e meu marido estamos na fase de planejamento e os blogs e canais do youtube são nossos principais motivadores! Também fizemos o nosso blog para compartilhar informações com quem está nessa fase de planejar!
    www.whiskycomgelo.wordpress.com
    Se tudo der certo, ano que vem estaremos aí também!
    Abraços e continue postando porque também estamos acompanhando!

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    1. Olá Mariana
      Legal saber que estão planejando a mudança para cá. Considere Vancouver uma opção pois é uma cidade maravilhosa. Vou acompanhar a leitura da história de vocês.
      Boa sorte no processo
      Um abraço
      Priscila

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  7. Olá priscila,
    Meu nome também é priscila, eu meu marido e três filhos estamos estudando uma forma de imigrar. Eu vou praticamente sem inglês, para fazer um curso e posteriormente um college. O meu marido é da área de ti, vi seus comentários de que é mais fácil essa área. Vc pode me dar alguma dica de qual caminho devemos percorrer em relação a trabalho para ele? A nossa dúvida em relação a isso é a seguinte, vimos que se eu tiver um visto de estudante para fazer um college, ele consegue o work permit,mas que não é a nossa realidade, já que não tenho inglês. Já se ele for com visto de estudante, terá direito a trabalhar apenas 20h semanais. Creio que isso inviabiliza conseguir o emprego em TI, correto? Se vc puder me dar algum norte em relação a isso, te agradeço muitíssimo.

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    1. Olá Priscila
      Eu não tenho conhecimento sobre a área de TI. Já ouvi falar que é muito boa, mas não sou atuante deste mercado para lhe dar informações precisas. Quanto a forma de vir, sei que abriram novos processos para conseguir visto de trabalho. Eu não saberia te informar nada sobre isso (também, desculpa) porque tudo mudou desde que eu fiz o meu processo de imigração. Sugiro consultar o site do consulado canadense para ver as opções disponíveis e se vocês se enquadram em uma delas.
      Boa sorte
      Priscila

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